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A Diferença entre Experiência e Qualidade no Design

Atualizado: 20 de jun. de 2023

Muitos acreditam que a chave para fechar bons projetos ou conquistar uma vaga em uma boa agência é ter experiência, ou que com experiencia irão obter as habilidades necessárias. E com isso ficam preso na ideia de que precisam de experiência para conquistar a vaga e da vaga para conseguir a experiência. No entanto, a verdade é que os Diretores de Criação e demais contratantes estão em busca de qualidade, mas trata-se de uma ideia muito diferente do que tem rondado o grosso da comunidade. Neste artigo, quero explorar as principais diferenças entre um profissional experiente e um profissional qualificado.


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A realidade do mercado atual: Ao navegar pelas comunidades de design, principalmente em grupos de freelancers, é comum encontrar recém-formados e designers juniores em busca da primeira oportunidades para dar início às suas carreiras. E como designer experiente (que já trabalhou ao lado de gerentes de produto, diretores de criação e outros contratantes), percebo uma clara correlação entre a quantidade de designers sem trabalho e o volume de vagas não preenchidas. Muitas vezes, os contratantes se deparam com uma grande falta de qualidade nos candidatos, seja em seus currículos ou portfólios. Não é raro encontrar notícias sobre as dificuldades do mercado em encontrar profissionais qualificados, tanto entre os iniciantes quanto entre os mais experientes. Paralelamente, noto um grande número de designers juniores lamentando a falta de oportunidades para adquirir a experiência "necessária" para se qualificar.


O problema reside no fato de que a maioria esmagadora dos profissionais não compreende a diferença entre ter experiência e ter qualidade. Muitos acreditam erroneamente que a qualidade é adquirida somente por meio da experiência, mas essa é uma perspectiva equivocada. Quando um contratante procura um profissional na área do design, existem critérios mínimos que eles esperam que os designers atendam. Mesmo designers juniores devem atender a certas expectativas, como bom olho para composições, expertise, sagacidade, criatividade, inteligência cognitiva e uma base sólida de estudos de metodologia. É o mínimo que se espera do perfil de qualquer designer independente do tempo de carreira.



Então quais os requisitos de

um designer qualificado?

No contexto brasileiro, é bastante comum encontrar designers com anos de carreira que sequer possuem conhecimento básico da teoria das cores, leis de hierarquia e regras de layout. Esses são os fundamentos que se espera que qualquer designer conheça desde o início de sua carreira. No entanto, o que se observa é que muitas pessoas fazem cursos de softwares e acreditam que isso as faz designer, quando ser designer vai muito além de dominar o Illustrator e o Photoshop.

Dominar ferramentas é importante, mas muito além disso também é esperado que o profissional compreenda por exemplo, a razão por trás das escolhas de cores em uma composição, é fundamental ter conhecimento sobre a psicologia por trás das paletas utilizadas e não simplesmente utilizá-las por achar que ficou bonito. Espera-se que o designer tenha estudado para compreender regras de hierarquia, as diferentes estruturas de layout e seus propósitos, além dos objetivos de cada estilo de tipografia e dos diferentes movimentos e tendências do design.

Todo designer deve ser capaz de compreender, o público, o mercado, os objetivos e mais importante, os problemas e dores que o cliente possui, as quais necessitam de soluções visuais. Claro que, não se espera que um designer júnior domine com maestria tais requisitos, afinal, ele ainda está iniciando as atividades. No entanto, não ter se quer o conhecimento necessário para aplicar e/ou trabalhar com esses princípios, beira a incompetência. E qualquer diretor de criação ou contratante experiente da área (e geralmente são os responsáveis pelas vagas mais bem pagas) evitarão contratar esse tipo de "profissional", independente da vaga ser para júnior ou pleno.



Base, estratégia e missão!

Usando a mim mesmo como exemplo, olhando meus trabalhos do início de minha carreira com marcas, embora não fossem excepcionais, os projetos apresentavam aspectos como o uso da proporção áurea, uma matemática de formas e áreas que auxilia todo tipo de obra visual, e que muitos designers atualmente nem ouviram falar. Entre outras coisas, meus projetos sempre contaram com estratégia, propósito na paleta, na tipografia e na composição, assim como alinhamento com os objetivos da marca (mesmo diante de briefings menos robustos). O fato de entender cada passo, embasando minhas decisões em uma base sólida de conhecimento e noção, sempre atendendo aos objetivos da marca, me diferenciou do grosso como um designer de qualidade, mesmo sem ter tanta experiência na época.


Portanto, é perfeitamente possível encontrar um designer que começou recentemente, com um portfólio contendo apenas três projetos, mas com uma qualidade muito superior a um designer que está no mercado há alguns anos e ainda não domina nenhum conceito ou fundamento. A experiência é importante, mas é o empenho em estudos e o domínio dos princípios do design que realmente destacam um designer profissional.


E você, é um profissional qualificado?





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